HEPATOTOXICIDADE CAUSADA PELO USO EXCESSIVO DO PARACETAMOL
Palavras-chave:
Acetaminofeno, Fígado, Antídoto, Intoxicação, N-AcetilcisteínaResumo
O paracetamol, também conhecido como acetaminofeno, é um medicamento de venda livre amplamente utilizado em todo o mundo, com excelente ação analgésica, antipirética e baixíssima atividade antiinflamatória. O baixo custo aliado à facilidade de aquisição desse medicamento no Brasil tem sido um dos principais fatores em relação à automedicação e, consequentemente, causador de hepatotoxicidade. Diante desse cenário, o objetivo deste estudo é analisar as evidências científicas sobre a hepatotoxicidade do uso indiscriminado do paracetamol em humanos e também da N-acetil-cisteína utilizada no tratamento atual como antídoto para o paracetamol. Para a obtenção dos dados apresentados, utilizou-se um processo metodológico do tipo revisão bibliográfica narrativa, com buscas realizadas entre os meses de março e novembro de 2021. Foram utilizados artigos científicos, dissertações de mestrado e teses de doutorado para a formulação dos resultados e respostas a respeito da problematização. As pesquisas foram realizadas nas principais bases de dados gratuitas disponíveis, National Center for Biotechnology Information (NCBI), National Library of Medicine (NLM) e Google Scholar. Como resultado, foi possível verificar que quando não é respeitado o limite máximo de 4 gramas de paracetamol por dia para adultos com peso aproximado de 70 kg, ocorre uma sobrecarga do metabolismo hepático, com produção excessiva de N-acetil-p-benzoquinona imina, um metabólito reativo do paracetamol que diminui a glutationa hepática, um antioxidante que protege os hepatócitos de possíveis danos, que podem causar necrose no fígado (PEREIRA, 2018). Além da amplamente conhecida e utilizada N-acetil-cisteína, alguns fitoterápicos têm sido testados em animais de laboratório, cujos resultados são promissores para o tratamento em humanos.
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